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Na manhã seguinte, não consegui
tirar a noite passada da cabeça.
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Tentando desesperadamente
concentrar-me em qualquer coisa.
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Alguma coisa para tirar da cabeça
a brasa do meu melhor amigo,
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a namorada com o melhor traseiro
que já vi em toda a minha vida.
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Alfie. Alfie.
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- Alfie!
- Devo fingir que não o ouço?
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Pá.
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- Ei!
- Já é muito tarde. Já é muito tarde.
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- Pá, podes abrandar um bocado?
- Ei, Marly, que se passa?
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"Marly"?
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Ei, ouve, preciso de falar contigo.
Não vais a lado nenhum
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até me dizeres o que
se passou ontem à noite.
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- O que se passou ontem à noite?
- Pá, não brinques comigo.
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O que se passou com a Lonnette?
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Alguma vez ouviste a palavra "bater"?
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- Que aconteceu?
- O quê? Não aconteceu nada.
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Bebemos uns shots.
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A Missus deu-me
um tratamento silencioso.
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Mal ela sabia, que não ouvir
o constante "blá, blá, blá"
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dela é um presente
vindo dos céus.
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Continua. Continua,
companheiro, vai funcionar.
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Alfie, o que aconteceu?
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Oh, vai-te lixar, pá.
Olha, eu...
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- ... bebi muito ontem à noite.
- Bebeste.
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Bem, eu...
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Eu realmente...
não me consigo lembrar.
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- Pá, tu fizeste-lhe alguma coisa.
- Não.
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Sim, fizeste. Porque
ela apareceu em minha casa,
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às quatro da manhã, a dizer que
me queria de volta.
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Ela também disse que se eu
precisasse de mais tempo,
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que ela compreendia perfeitamente.
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Que maluqueira.
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Ajudei os dois de uma só vez.
Graças a mim, o Marlon venceu o jogo.
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O que significa que ele está
isento, e eu também.
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Isto é um milagre.
É fantástico. Fantástico.
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- Vá lá, o que lhe disseste?
- Olha, olha.
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- Acabou tudo bem.
- Vá lá, o que lhe disseste?