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Sei lá, canções.
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Algumas são
sobre as pessoas.
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Relações. Uma é sobre o meu gato.
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- Canta uma.
- Não posso. Não tenho a guitarra.
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Vá lá. À capela.
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Não canto sem uma guitarra.
Nem penses.
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Porque não?
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- Uma.
- Agora não.
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Então quando? Queres vir aqui,
daqui a seis meses com uma guitarra?
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Eu voarei até cá.
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Tu podes vir de Metro.
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Temos de voltar para a livraria.
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Perderás o avião.
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Podemos ir ao longo do Sena.
É um caminho bonito.
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Voltas para Nova lorque?
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Li no artigo que és casado
e tens um filho. É óptimo.
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Sim, ele tem 4 anos.
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Como se chama?
- Henry.
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- É tão engraçado.
- Acredito.
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- E a tua mulher? Que é que ela faz?
- É professora primária.
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- Tens filhos?
- Sim, dois.
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Bolas! Deixei-os no carro!
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Com as janelas fechadas! Foi há seis
meses, achas que eles estão bem?
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Não, mas quero ter filhos.
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Ainda não estou preparada.
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- Mas tenho uma boa relacão.
- Ainda bem.
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- Que é que ele faz?
- É repórter fotográfico.
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Faz reportagens de guerra.
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Anda muito por fora, o que é bom
porque eu tenho muito que fazer.
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Mas isso não é perigoso?
Agora não morrem muitos repórteres?
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Ele promete-me que não corre riscos.
Mas eu fico preocupada.
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Ele não pensa em nada
quando começa a fotografar.
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- Como assim?
- Uma vez em Nova Delhi
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passámos por um pedinte
caído no passeio.
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Um sem abrigo...
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Parecia que precisava de ajuda, mas a
primeira reacção dele foi fotografá-lo.
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Aproximou-se da cara dele e ajeitou-Ihe
o colarinho para ficar melhor.
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Estava completamente desligado
da pessoa.
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Mas ele não tem de ser assim
para ser bom no que faz?
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Sim, eu não estou a criticá-lo,
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o que ele faz é essencial e incrível,
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mas eu nunca era capaz.
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Vamos naquele barco.
Anda.
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Não tens tempo!
Está quase a partir.