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A Karine aceita-o assim,
mas a mim aquilo enerva-me;
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as mulheres fazem tudo e vocês
ficam sentados, como de costume.
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Mas queres lá saber...
- Não se trata disso,
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só que não será a única coisa
que reterei do fim-de-semana.
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Também eu não...
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75 mil, já pensaste?
E de entrada pelo próximo livro.
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Francos?
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Não, euros. Sabes, a moeda
que temos há quatro anos?
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500 mil francos, se preferes.
- E quanto daria o Etienne?
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Podes fazer ali um terraço...
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Em 2 metros quadrados?
- Um pequeno.
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Onde caiba uma mesinha,
duas cadeiras, duas tigelinhas...
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A jogada é tua, agora.
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A jogada?
- Para o nosso livro.
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Eles esperam os textos...
Já escreveste alguma coisa?
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Alguns, já...
Ainda não é bem aquilo,
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mas começo a perceber
a abordagem.
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Sylvia, também bebes?
- Bebo, vou já.
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Mas vês, dizias que eu
não ia precisar de ti
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e se não lá estivesses
os tipos nunca diriam que sim.
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Como está, M. Cassard?
Ela já chegou, sentei-a à sua mesa.
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Tudo bem?
- Não.
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Tenho muitas coisas
que me contrariam.
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Começo a estar farto dos italianos,
só sabem falar de datas...
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E era o único francês,
agora já somos dois...
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Quem é o outro?
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Não sei de nada,
suspeito que eles também não...
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E há seis meses que não escrevo,
não me sai nada de jeito.
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Não escreves há seis meses?!
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Fala mais alto, na cozinha
não te devem ter ouvido.
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Bom, que me apetece?