Dogville
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O período da Primavera e do Verão
prematuro foram felizes para Grace.

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A Martha soava as horas,
conduzindo-a através do dia.

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Assim podia servir de olhos para
o McKay... de mãe para o Ben,

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uma amiga para a Vera,
e um cérebro para o Bill...

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Um dia ocorreu à Grace pisar nos
pedais e fez com que a Martha aceitasse

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tocar um par de partituras,
para esvaziar os foles naturalmente

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e para que não fossem deixados com
pressão e se pudessem avariar.

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E agora tinham aceite,
tacitamente,

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que enquanto fosse a Grace
quem pisasse os pedais,

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A Martha podia tocar
sem sentir qualquer culpa.

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Com o pai do Tom, o velho médico, que
sentia que tinha uma nova afeição a cada dia

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e que recorria crescente
e adicatamente

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aos mais simples testes de coordenação
dos seus dias de universidade,

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ela tinha de ser severa, dizendo-lhe
que não tinha nada mal.

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E agora, como o povo tinha
acordado que cada um

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deveria dar de acordo
com as suas possibilidades,

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ela recebia um
pagamento, não muito,

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mas o suficiente para comprar a
primeira das estatuetas de porcelana

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das sete que tinham estado, tanto tempo,
a acumular pó, na janela da loja.

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E sonhava que, em algum tempo,
seria capaz de as comprar a todas.

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Lentamente, essas mãos suaves tinham-se
convertido em mãos que poderiam

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ter pertencido a alguém numa
pequena comunidade rural.

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E três semanas depois,
mudou-se triunfante para um local

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que o Tom e o Ben tinham
restaurado secretamente,

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em particular, o velho moinho, que tinha
contido um triturador de mineral do povo,

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mas que agora só
restava a pesada roda.


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