Dogville
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:09:03
Sou como sou. Se as pessoas
nesta terra não gostam de mim,

:09:06
não posso fazer nada acerca disso.
:09:10
Sinto-me mal, necessito
de ser castigado.

:09:12
A verdade é que não terei nenhum
respeito por si se não me bater.

:09:15
Não me importo o quanto
divertido aches que era.

:09:18
Jason, eu não te vou bater.
:09:22
Nesse caso, quando a Ma chegar a casa,
talvez eu lhe conte que me bateu.

:09:28
Mas eu disse que não o faria!
:09:30
Calculo que a Ma acreditaria em mim.
:09:34
Se me batesse,
ninguém precisava de saber.

:09:42
Pára com isso. Afasta-te do Achilles.
Pára com isso.

:09:46
Dei-lhe um empurrão.
Não tinha culpa se ele caísse.

:09:50
Não lhe toques.
Afasta-te do berço.

:09:53
Pára com isso Jason.
Pára com isso!

:09:55
Está bem. Queres que te bata.
Eu bato-te...

:09:57
Anda cá.
Anda cá!

:10:02
- Ali. Aqui vamos.
- Não foi forte.

:10:05
Tem de ser forte
ou não é castigo.

:10:08
- Está bem.
- Mais forte!

:10:13
Oh, isto é...
Está bem, já chega.

:10:16
Por agora este castigo é suficiente.
:10:17
Devo ir para o canto
e sentir-me envergonhado?

:10:20
Não me importa... Fica no canto.
Faz o que te apetecer.

:10:24
Ei, aqui está o pai!
:10:28
É cedo.
Espero que não tenha acontecido nada.

:10:31
Como Dogville era desde o início, uma
frágil prateleira na ladeira da montanha,

:10:36
desprotegida de qualquer
tormenta caprichosa,

:10:39
a Grace também se deixou abrir.
:10:42
E colocou-se num frágil ramo,
como a maçã no jardim do Éden.

:10:48
Uma maçã tão grande
que o sumo quase escorria.

:10:53
E mais uma vez a
polícia veio a Dogville.

:10:59
Eu disse que a avisava, para guardar a Martha
da confusão das badaladas. Mas esqueci-me.


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