1:26:03
Isso vais ter de me explicar
no caminho para casa.
1:26:08
De repente houve um barulho.
1:26:10
Não tão persuasivo e potente como se tivesse
acontecido numa noite de chuva na Primavera,
1:26:14
mas o suficientemente forte para
encontrar o seu suspiro final
1:26:17
através da madeira que
ardia rapidamente.
1:26:21
Aconteceu de novo.
Todos o escutaram.
1:26:24
A Grace foi a primeira a reconhecê-lo.
1:26:26
É o Moisés!
1:26:28
Era o Moisés, disse ela,
e saiu do carro.
1:26:32
Rapidamente percorreu a distância
até à casota do cão, onde,
1:26:35
agora que os edifícios tinham desaparecido,
dificilmente poderia chamar-se "rua",
1:26:39
e certamente não "Rua do Olmo", já que
não tinha sobrado mais nenhuma árvore
1:26:42
na ladeira da montanha de Dogville,
1:26:44
muito menos um olmo.
1:26:46
Era o Moisés.
1:26:47
Tinha espantosamente
sobrevivido. Um milagre.
1:26:52
Não, deixa-o.
1:26:56
Terão visto as chamas
em Georgetown.
1:26:59
Alguém virá e o encontrará.
1:27:06
Está zangado porque
uma vez peguei o seu osso.
1:27:20
Se a Grace deixou Dogville ou, pelo contrário,
Dogville a deixou a ela, e ao mundo em geral,
1:27:26
é uma pergunta de natureza astuta,
que poucos tinham vantagem em perguntar,
1:27:31
e menos ainda
por dar uma resposta.
1:27:34
E de facto, não será respondido aqui.