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Então, entende-lo, não?
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Não tens que me persuadir
de não o fazer, de acordo?
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-Creio que não te disse...
-Ainda se detivesses...
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a teu dobro de colar-lhe a Platts,
por que teu dobro entraria na caixa?
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e sem necessidade dela,
sem aplicação possível no mundo real...
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sem vantagem que se pudesse aproveitar,
a ideia seguiu.
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-Como o farias?
-Não o faria.
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-Só por diversão.
-Ainda assim, não o faria.
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-Mas e se tivesse uma forma de...?
-Mira, Abe.
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Não vou pretender
que sei todo sobre os paradoxos...
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ou o que passa depois, e com franqueza,
não acredito em nada disso.
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Matar a tua mãe antes de que tu nascesses.
Tem que funcionar de alguma forma.
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-Não sei.
-O que sei é o seguinte.
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O pior é saber
do que o momento que experimentas...
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já foi definido, que este é o segundo...
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ou o terceiro, ou o que seja.
E alguma vez sentes que...?
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não sei, quiçá as coisas não estão bem,
como se tua vida fosse confusa...
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ou não é o que tu quisesses
e começas a perguntar-te que o causou.
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A gente sempre culpa aos pais...
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como se ao dar-lhes sua mãe o peito,
suas vidas teriam sido diferentes.
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Um punhado de chorões.
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Sim. Mas que passa se não foi
algo que te tenhas perguntado?
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Que passaria se soubesses que não é o modo
que se supõe que seja?
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Não acredito em isso
do "destino, há uma só forma correcta".
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Eu também não. Mas, que é pior?
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O pensar que estás paranóico
ou saber que deverias está-lo?
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Não tens que me olhar desse modo.
Estou bem.
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Não, supus que o farias. Eu confio nela.
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-Sei que quando decidi contar-te...
-Decidiste contar-me?
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Sabia que eras casado e que não há
secretos. Ela saberá tudo o que te diga.
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-Não se trata de confiança.
-Já sei.
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Não seria melhor se nuns dias...
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a surpreendo e todos voamos a Costa Rica
ou outro lugar por um mês?
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Deixaremos que o entenda gradualmente.
Quiçá compremos alguma propriedade...