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É ardente a libertação!
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Só fui buscar alguma comida.
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Não estou a ver onde está o problema.
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Disse para eu ir procurar comida e eu fui.
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Qualquer pessoa podia estar na casa.
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Todo o terceiro Reich
lá podia lá estar.
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- Não temos esse tipo de sorte.
- Quê?
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- Podemos comer a tarte agora?
- Não se arme em esperto comigo, rapaz!
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Dou-lhe tantas que nem se
lembrará o que lhe acertou.
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- Podemos comer a tarte agora?
- Você pôs toda a operação em perigo.
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Você portou-se como um miúdo
numa viajem de estudo,
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a comprar pãezinhos,
a pavonear meias de nylon,
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a fazer-se àquela
pálidazinha de Cornwall.
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Então eu mando-o procurar alguma
comida, e que encontro?
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Você aos beijos com putéfia francesa,
praticamente a deslizar para cima da mesa.
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Vá catar piolhos!.
- O quê?
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- Eu disse, vá catar piolhos!
- Não me mande catar piolhos.
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Não!
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Tudo o que me pediu, eu fiz.
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Cada ordem que me deu,
eu cumpri.
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E onde é que isso nos levou?
A lado nenhum.
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Agora sou um desertor.
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Estive perto de morrer afogado.
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Estou cansado, tenho fome.
:58:30
Quer goste ou não, eu vou
comer esta tarte.
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Não acredito que tenha feito isso.
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Agora, vai ter de me ouvir.
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Não acredito.
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Olhe para si.
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Sabe porque é que
lhe chamam Kaiser?
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Porque é um velho sem valor, que já
deu tudo o que tinha para dar.