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mas foi o Pierce quem
executou o trabalho.
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Ele e o Karloff trabalharam durante horas
todas as noites durante três semanas
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para desenvolver a caracterização
antes do início da produção.
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Em cima duma touca, a cabeça foi feita
com camadas de algodão e colóide.
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As cicatrizes foram pintadas por cima e
aplicaram-se definições sombreadas.
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O Pierce aplicava então o cabelo à mão.
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O Karloff tinha uma ponte de molares
do lado direito que foi tirada
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e ele chupava na bochecha.
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O Pierce acentuou isto com sombra.
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O ar chupado e macilento do Karloff era
preciso para uma boa percepção.
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Uma camada de maquilhagem
azul esverdeada
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dava à pele um ar cinzento
num filme a preto e branco.
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Karloff, segundo alguns relatos, sugeriu
que as pálpebras fossem empastadas,
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dando à criatura um ar de estar
apenas parcialmente consciente.
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O Pierce conseguiu fazer isto
com cera das casas mortuárias.
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Os pernos de metal que saíam
do pescoço do monstro
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eram as entradas para a electricidade.
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É significativo que a maquilhagem
permitiu sempre ao Karloff expressar-se,
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contando consideravelmente para
a eficiência da sua caracterização.
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As pernas foram enrijecidas
com escoras de aço.
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A contribuir para o volume, ele vestia
um fato duplamente alcochoado
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e calçava botas pesadas.
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Estas foram reforçadas de modo a
permitir-lhe inclinar-se para a frente.
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O fato preto que mal lhe cabia
tinhas as mangas encurtadas
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para fazer os braços parecerem
mais compridos.
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Anos depois,
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o Pierce afirmou que a cara final
do monstro foi "um compromisso"
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entre as suas próprias ideias
e as do Whale.
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O aspecto geral do monstro em todas as
subsequentes sequelas da Universal
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nunca foram tão eficazes como
na produção original -
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pelo menos, em minha opinião.
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O ensaio do Karloff convenceu o Whale
e os executivos da Universal
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de que ele era perfeito para o papel.