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Outra cena entre
a Elizabeth e o Henry.
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Desta vez a premonição da Elizabeth
quanto ao perigo e à morte
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está em vias de se tornar realidade.
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No romance, Frankenstein concorda com
relutância em criar a fêmea do monstro,
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mas muda de ideias e
o monstro ultrajado diz a Frankenstein
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que "Estarei contigo
na noite do teu casamento."
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Depois do Frankenstein e
da Elizabeth casarem,
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o monstro mantém a sua palavra
e mata a noiva.
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No filme da Edison de 1910, o monstro
volta na noite do casamento
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e, ao ouvir o grito da sua noiva,
o Frankenstein interrompe o ataque
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e o monstro escapa-se.
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Na peça britânica da Peggy Webling
de 1927,
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o monstro apaixona-se
pela noiva do Frankenstein.
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Ela é capturada por ele,
mas no fim escapa.
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O Lewis Klein, o director geral da
Horace Liveright Theatrical Productions,
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o produtor potencial da versão
da peça de Webling/Balderston nos EUA,
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juntou ingredientes da escola do
sensacionalismo do sexo e da violência
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à adaptação do Balderston.
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O monstro confronta
a noiva de Frankenstein e detém-na.
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Durante a luta rasga-lhe o véu de noiva e
o corpete do vestido de casamento -
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"O vestido", explicava o Klein,
"é um caso à parte,
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e deixa-a tão nua quanto
o censor permitir."
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"A seguir ele vai para a violar."
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Esta produção, como sabemos,
nunca foi apresentada em palco.
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A encenação desta cena
faz lembrar a cena
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no filme de 1919
O Gabinete do Dr. Caligari,
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na qual a personagem
representada por Conrad Veidt
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fora enviado para matar uma rapariga
linda do quarto dela.
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O suspense aqui está bem orquestrado
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e ambos os actores não exageram
na realização da cena.
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Embora a Mae Clarke se lembre de tomar
chá todas as tardes durante as filmagens,
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ela nunca teve oportunidade
de conhecer bem o Karloff.