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Não vê? Bom, eu digo-lhe.
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O Pedro e o Robert Landis foram mortos
com a mesma arma.
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Havia aqui algum esquema esquisito,
que queremos descobrir.
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Diga-lhe, Sr. Charles.
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Sim, com prazer.
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Parece que há uma semana,
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o Pedro alugou este apartamento a alguém
que se chamava,
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Anderson.
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- Alguma vez viu este Anderson?
- Não.
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- Alguma vez o ouviu por cima de si?
- Não.
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Bem me parecia.
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Foi bastante esperto e habilidoso,
este Anderson.
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Usou sempre luvas,
nunca deixou uma impressão digital.
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Queria, com a ajuda desta escada,
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enfiar-se no seu apartamento uma noite
e limpar o sebo ao Robert com isto.
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Depois ia subir para aqui,
desaparafusar a escada,
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atirá-la pela janela
para o monte de lixo ali em baixo.
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Depois saía calmamente, deixando-a
com a batata quente da morte do Robert.
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Conhece alguém
que goste tanto de si para isto?
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Não.
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- Anda com o Dancer, certo?
- Trabalho para ele.
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Não foi isso que lhe perguntei.
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Bem, temos um entendimento.
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O Dancer sabia
que se ia embora com o Robert?
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Bem...
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Continua, já nos disse.
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Prometeu que mantinha segredo.
Nunca mais confio num polícia.
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Ouve, se fizeste um acordo
com os polícias, muito bem.
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Mas essa história da escada é só treta.
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Ninguém usou aquela escada
e o Landis não foi morto em casa dela.
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Ele só não foi morto na casa dela,
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porque descobriram o Anderson.
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O Pedro veio cá ontem
para pôr um tapete novo.
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Não gostou do aspecto disto
e mudou a fechadura.
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Quando o Anderson chegou,
viu que não podia entrar.
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Então, ouviu o Pedro a telefonar-me.
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- E matou-o.
- E depois?
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Então, quem é o Anderson?
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Caramba, quem será?
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- Polly, o Phil tinha a chave de sua casa.
- Sim.
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- E o Dancer também.
- Sim.
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- E o Lum?
- Não, claro que não.
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- Mais alguém?
- Mais ninguém.
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O que pensa, que ando por aí
a metê-las debaixo das portas?