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Ter dinheiro é como saber tocar piano?
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São dois atributos muito agradáveis
para uma rapariga.
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Não te preocupes. Se me apaixonar
por uma rapariga rica, darei o meu melhor.
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-Mas tu próprio vais ganhar milhões.
-Não vou, não.
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-Vais, sim.
-Não.
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-Sim.
-Não, o filho do Sr. Case não vai.
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Sou um típico homem do povo.
Comecei a vida com estas duas mãos.
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Também o cavalheiro por cima da lareira.
Segue a coragem do avô.
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-Não me digas que és da família dos Seton.
-Desculpa, Johnny, mas sou.
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Isto é demais.
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Se o homem já fez, é porque pode ser feito.
Ou algo parecido.
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Escuta bem, se pensas que vou ser
algum génio da finança, estás...
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Anima-te, não é assim tão sério.
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Se não achas sério
anunciar este noivado ao pai...
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-Disseste que ias à igreja?
-E vou. Por isso é que sou esperta.
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Porque o pai está na igreja
e lá ele não pode falar.
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-Tens assim tanto medo dele?
-Não. Mas é a melhor maneira.
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O pai é um homem maravilhoso,
mas tem de se saber lidar com ele.
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Deixa isso comigo.
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Só tens de me deixar na igreja
e voltar antes das 13:00 para o almoço.
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E não venhas tarde.
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A primeira impressão que terá de ti
é importantíssima.
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E se eu rastejasse? Ele gostaria?
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Não brinques, menino.
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Vá lá, querida. Não deixemos fugir o prazer.
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-Também pode acontecer?
-Não, mas...
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Diz.
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Qual é a ideia de um anúncio tão súbito?
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Tenho de dizer ao pai.
Nunca iria perdoar-me.
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Sim, mas podia ser
um segredo bem guardado, por uns tempos.
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Não vejo que prazer podia ter um segredo.
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-Não vês, querida?
-Não.
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Muito bem.
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-Está a ficar muito complicado, não está?
-Pensavas que seria simples?
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-Acho que nem sequer pensava.
-Não podias ter pensado.