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Sabes como chamou a esta casa?
Um museu.
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Julia, é a tua oportunidade.
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É mesmo.
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Quero que o pai veja que o Johnny
tem as mesmas virtudes do avô.
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Não conheces o Johnny.
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Não sabes até onde já chegou,
nem donde vem.
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-Ou para onde vai.
-Eu sei.
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Consigo ver perfeitamente.
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Se tudo correr bem, quando vais anunciar?
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-Imediatamente. No sábado.
-Querida, deixa-me fazer uma festa.
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Escuta bem,
o pai não deve ter nada a ver com isso.
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Sábado é Noite de Ano Novo.
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Vamos divertir-nos um pouco nesta casa,
antes de partires.
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-Se o pai não se importar.
-Não há "se". E só algumas pessoas.
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Só os teus amigos e os do Johnny.
E na sala de jogos.
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Deixa-me ser eu a organizar.
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Deixa-me fazer algo para ti, uma vez na vida.
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Gostaria imenso, querida.
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Mas, estás a ver,
isto agora é muito importante para mim.
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Agora, só eu posso mexer na minha festa,
estás a ouvir?
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Está bem, querida.
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Se o fizerem, eu não entro nela.
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Vai ser horrível deixar-te.
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Não sei o que farei quando partires.
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Tenho de fazer alguma coisa.
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Tenho de sair, mudar qualquer coisa,
senão acabo por dar em louca.
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Era capaz de encolher e morrer agora.
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Ora essa. Não pareço doente, pois não?
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Isto é um museu.
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Não te preocupes comigo. Eu fico bem.
Olha por ti.
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Não o deixes maltratar-te.
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-Bom dia.
-Bom dia, pai.
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-Falou com o Sr. Hobson, pai?
-Por uns instantes.
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Há outra coisa a considerar.
Quais são os antecedentes do jovem?
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O que disse o Sr. Hobson?
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Mas não devemos precipitar-nos, pois não?
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Quero casar-me a 10 de Janeiro.
Isso é de quinta-feira a duas semanas.