:23:02
Sim, a princípio matou
mais gente que a peste bubónica.
:23:06
Mas a Pilar é mesmo bárbara.
:23:10
O cigano tem medo dela.
- Porque não? Ela odeia-me.
:23:16
Porquê?
- Ela diz que desperdiço o meu tempo.
:23:19
Ela não gosta de ciganos.
- Que injusto!
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Nela também corre o sangue cigano.
Ela sabe do que fala.
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Mas ela tem uma língua,
tão afiada como um chicote.
:23:33
O que estás para aí a dizer,
seu preguiçoso, filho dum cigano?
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Responde, cigano!
:23:40
Estava a contar a estes camaradas,
como tu és amigável, Pilar.
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Mentiroso! - Ele está a regar.
- Eu sei disso.
:23:50
Oesaparece e rende-te André.
Ele tem lá em cima sentinelas.
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Eu já vou.
Roberto, nós vemo-nos
:23:56
à hora de comer. - Nem pensar!
Já comeste três vezes hoje!
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Ainda consigo comer mais duas vezes.
- Oesaparece! E envia-me o Andrés!
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Olá, Inglês!
:24:09
Como vais tu e a República?
- Bem.
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Vão bem.
- Fico contente.
:24:16
O que é disse o cigano?
- Que és uma mulher valente.
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E eu digo, que ele tem razão.
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E o que é que tu disseste à jovem?
- Nada.
:24:28
Ela estava completamente confusa.
- Eu só brinquei. - Brincadeiras?
:24:33
Sabes, Inglês: Ela ainda é jovem e
não é tão forte como nós.
:24:38
E tem o pior atrás dela,
percebes?
:24:42
Acho que sim.
- Eu preocupo-me com ela.
:24:46
Quando é que partes daqui?
- Em três dias, se ainda estiver vivo.
:24:50
Porque é que dizes isso?
Oizeres isso não traz sorte.
:24:54
Mostra-me a tua mão!
:24:59
E?
- Nada.