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Por terra e por ar.
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As explosões cairão do céu
para cima dos meus cavalos.
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Antes de teres cavalos,
eras um como nós.
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Mas agora
queres retirar-te da vida.
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Tu sabes, que eu
luto pelos cavalos por uma boa causa.
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Para comer bem, sim,
para roubar, sim,
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para matar, sim,
para lutar pela República, não.
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A tua grande boca
ainda te trará problemas.
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Sou velho mas não tenho medo de lutar.
Um velho sem cavalo.
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Se calhar não vives muito mais.
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Eu sou velho,
e vivo, até morrer.
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Aqui não fazes explodir nenhuma ponte!
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Não?
- Não.
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Nenhuma ponte.
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Pilar!
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Que dizes?
- Eu estou pela ponte.
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E pela República.
- O que é que foi isso, mulher?
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Eu estou pela ponte e contra ti,
é tudo.
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Que dizes tu, Primitivo?
- Eu também estou pela ponte.
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Fernando?
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Para mim a ponte não significa nada.
Eu estou pela mulher do Pablo.
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Andrés!
- Sim, eu também.
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Eu também, Pilar.
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Fazêmos explodir a ponte
e vamos para as montanhas.
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Tu tens a cabeça de um touro
e o coração de um falcão.
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Achas,
que há um "depois" depois da explosão?
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Eu sou pela República,
e pela ponte.
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A ti não te interessa,
que nos persigam como a animais?
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Por causa deste disparate,
que não rende?
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Podemos morrer alí.