:47:00
Há pessoas que com quem
você pode conversar.
:47:03
Elas aparecem,
sentam ao seu lado no carro.
:47:08
O gozado é
que nunca aconteceu antes.
:47:12
- É uma coisa louca de dizer...
- Você é que está confusa.
:47:16
- Não estou confusa.
- Volte para o meu bolso.
:47:25
Por favor, nos deixe.
Quero ficar a sós com a moça.
:47:30
Sim, senhor.
:47:31
Cuidado com o que diz,
sou do tipo que casa.
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Quando trabalhava
para Martinelli...
:47:36
ele levava coisas para casa?
Maletas, documentos, etc...
:47:39
ou deixava no cofre
do escritório?
:47:42
Não sei, mas o meu contrato
ficava no escritório. Por quê?
:47:46
Ontem o Louis tinha uma carta
do Johnny para mim.
:47:49
- Uma carta?
- Sim.
:47:51
- O que dizia?
- Não sei, o Martinelli a pegou.
:47:55
Como sabe?
:47:57
Quando seu telefonema
me acordou às 4h...
:47:59
Louis estava no meu quarto,
na outra cama...
:48:02
- com o pescoço quebrado.
- Ah, Rip.
:48:06
É. Gosto de receber
minhas cartas.
:48:10
Martinelli deve ter destruído
a carta a essa altura.
:48:14
Ele ia querer ler antes.
:48:16
Devia estar em código,
tínhamos um código no pelotão.
:48:19
Deve estar tentando decifrar.
Vou atrás da carta.
:48:24
- Não vai voltar lá.
- Vou.
:48:26
Falei com meu amigo Baretto.
:48:29
Ele me indicou
um perito em cofres.
:48:32
Era tão bom que a lei tirou
uma parte de sua vida.
:48:35
- Aposentou-se e mora na cidade.
- De que adianta...
:48:38
- Johnny não matou seu marido.
- Por que diz isso?
:48:42
Eu o conhecia muito bem.
:48:47
Há algo que omiti do legista
porque Johnny pediu.
:48:51
Eu estava lá quando aconteceu.
:48:55
Johnny temia que me culpassem
e nos acusassem de cúmplices.
:48:59
Ex-cantora de boate e professor
apaixonados matam seu marido.