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- Pensa rápido, não é, querida?
- Devia odiá-lo por pensar isso.
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Mas não consigo.
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Pode dizer qualquer coisa,
fazer qualquer coisa.
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O que é preciso fazer?
Virar do avesso para você ver?
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Você é muito boa.
Eu vim aqui para...
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Encha os olhos de ilusão
e fale sussurrando...
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fale do paraíso e das coisas
que estou perdendo.
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Não rio
desde que Johnny se foi.
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Não sou do tipo que se comove
com lágrimas.
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- Sou do tipo que leva pancadas.
- É inútil com você, não é?
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Eu não me chamo Johnny,
e nunca fui professor...
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e não aprecio as coisas boas
da vida.
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Como ver uma mulher chorar e levar
a culpa do homicídio que ela cometeu.
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- Johnny não disse isso!
- Por que não? Contou tudo mais.
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Acha que caí na sua história?
Conte outra.
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Eu... Eu...
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- Você o matou, por que mentir?
- Porque...
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- Acredite, foi como contei.
- Tirando algumas mudanças.
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Só a briga com a arma.
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Estava nas suas mãos
quando disparou.
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Sim, foi isso mesmo.
Desse jeito, como quiser.
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Estou cansada.
Não agüento mais.
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Há quase quatro anos
sou ameaçada pela polícia.
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Desde que recebi a herança,
sou cada vez mais extorquida.
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Podia agüentar Martinelli,
mas quando se voltou contra mim...
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Como ele entrou nessa?
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Eu tinha que falar com alguém,
quando Johnny fugiu.
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Queria falar à polícia
que fui eu...
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mas temia o que fariam comigo,
porque tinha mentido antes.
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- Escolheu o pior da cidade.
- Ele sempre foi bom comigo.
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Foi o único que me deu emprego
e entende de tribunais.