Monsieur Verdoux
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:41:02
Bonheur.
Resta-me dizer "bonsoir".

:41:10
- Pombinho.
- Quem são estas pessoas?

:41:12
Amigos que conheci nas corridas.
:41:14
Cuidado. És muito crédula,
podes dar-te mal.

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- Deixa. Portaste-te bem?
- Mas que pergunta.

:41:22
- Meteste-te com as indígenas?
- Como podes pensar isso?

:41:26
Quando estás fora,
penso em muitas coisas.

:41:29
Estás a ver? Eu só penso em ti.
:41:32
Palavra?
:41:34
A cada momento. Na cabina,
na ponte, até no tombadilho.

:41:39
Estou sempre a pensar em ti,
o que fazes, com quem estás...

:41:43
Oh, pombinho...
:41:45
Depois, à noite, sozinho
sob um céu de estrelas tropicais,

:41:49
com os doces acordes da valsa
vienense que sobem do salão...

:41:53
- Música, num cargueiro?
- Sim, temos um rádio.

:41:58
Ah, sim.
:42:02
Agora interrompeste-me.
:42:04
- Pensavas em mim.
- Sim, em ti.

:42:07
Penso nestes braços adoráveis,
nestas mãos pequeninas

:42:11
e nesta deliciosa covinha.
Deixa-me beijar-te aqui.

:42:19
Quem me dera que não partisses.
:42:21
Também preferia
ficar a cuidar de ti.

:42:24
- Por que não ficas?
- Sabes porquê.

:42:26
Ficava em casa sem fazer nada.
:42:29
Seria diferente se pudesse tratar
dos teus negócios.

:42:32
Não. Eu encarrego-me
dos meus assuntos.

:42:38
Não confias em mim.
:42:39
- Confio, mas...
- Não confias, não confias.

:42:43
Isso magoa-me. É isso que
impede a nossa felicidade.

:42:46
Confias em todos menos em mim.
Até vais na conversa de estranhos.

:42:50
Compras tudo o que te impingem.
:42:52
Mas que percebes tu de finanças?
:42:55
Bastante mais do que tu,
minha querida.

:42:57
Da última vez, disseste
que os bancos iam à falência


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