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Bonheur.
Resta-me dizer "bonsoir".
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- Pombinho.
- Quem são estas pessoas?
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Amigos que conheci nas corridas.
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Cuidado. És muito crédula,
podes dar-te mal.
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- Deixa. Portaste-te bem?
- Mas que pergunta.
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- Meteste-te com as indígenas?
- Como podes pensar isso?
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Quando estás fora,
penso em muitas coisas.
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Estás a ver? Eu só penso em ti.
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Palavra?
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A cada momento. Na cabina,
na ponte, até no tombadilho.
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Estou sempre a pensar em ti,
o que fazes, com quem estás...
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Oh, pombinho...
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Depois, à noite, sozinho
sob um céu de estrelas tropicais,
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com os doces acordes da valsa
vienense que sobem do salão...
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- Música, num cargueiro?
- Sim, temos um rádio.
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Ah, sim.
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Agora interrompeste-me.
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- Pensavas em mim.
- Sim, em ti.
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Penso nestes braços adoráveis,
nestas mãos pequeninas
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e nesta deliciosa covinha.
Deixa-me beijar-te aqui.
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Quem me dera que não partisses.
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Também preferia
ficar a cuidar de ti.
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- Por que não ficas?
- Sabes porquê.
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Ficava em casa sem fazer nada.
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Seria diferente se pudesse tratar
dos teus negócios.
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Não. Eu encarrego-me
dos meus assuntos.
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Não confias em mim.
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- Confio, mas...
- Não confias, não confias.
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Isso magoa-me. É isso que
impede a nossa felicidade.
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Confias em todos menos em mim.
Até vais na conversa de estranhos.
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Compras tudo o que te impingem.
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Mas que percebes tu de finanças?
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Bastante mais do que tu,
minha querida.
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Da última vez, disseste
que os bancos iam à falência