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Receosa? Porquê?
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Sabe o que aconteceu
da última vez que estivemos sós.
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Peço desculpa. Deixei-me dominar
pelas emoções.
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- Não voltará a acontecer.
- Não diga isso.
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É uma das ironias da vida,
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fazer a coisa errada
na altura certa.
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Ou, digamos,
a coisa certa na altura errada.
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- Marie.
- Não...
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Não entornei uma gota.
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Marie. Minha querida...
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- Oh...
- Não, por favor...
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Que maravilha. Quem diria
que a Marie voltaria a casar.
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- Foi tão repentino.
- Sim, sim.
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- John.
- Sim.
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Temos de lhes dar uma bebida.
O padre está atrasado.
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Teve um enterro antes.
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Devia casá-los e enterrá-los depois.
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A Marie não está pronta.
Tem problemas com o vestido.
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- E o noivo?
- Ainda não chegou.
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Detesta este tipo de coisas.
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Queriam um casamento discreto,
mas já sabem como é.
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Sim.
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- Que foi isto?
- Nunca a tinha visto.
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Veio com M. Bismo.
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Tenho de contar essa ao Capitão.
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Já ouviu aquela
sobre o casal de velhotes...
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Boa tarde.
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Este é o meu amigo, M. Carno.
O que faz aqui?
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Casamentos, funerais...
Vou a todas.
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- Como estava a dizer...
- É dama-de-honor?
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- Não, não conheço ninguém.
- Mme. Bonheur é uma amiga.
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Ela estava em Paris,
por isso trouxe-a comigo.
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- Henri, querido. Como está?
- Um pouco nervoso.
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Sei que preferia algo mais calmo,
mas tinha de fazer isto pela Marie.
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Desculpe ter de passar por isto,
mas quero apresentar-lhe uns amigos.