:34:04
"O Qualquer Coisa"
com a não-sei-quantas?
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Uma aplicação cuidada do dedo
que pressiona o gatilho...
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e consegue dois bilhetes
para a primeira fila.
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Tem sido difícil em entrar
em restaurantes da moda?
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- Horrível!
- E muito simples.
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Um golpe com a navalha
e a mesa esta â sua espera...
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Passe por cima
do cadaver do chefe de mesa.
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- Obrigado. Aqui tem a sua mesa.
- Você é o fim!
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Eu matava â navalhada
um empregado do hotel.
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Não se podem usar navalhas
em empregados de hotel.
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Eles entram na categoria
de 'morte por tortura lenta',
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ao lado de amantes de passaros,
crianças e dançarinos de sapateado.
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Os senhorios são outra coisa.
Querem um apartamento?
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Chamem Miss Contrapeso... do
departamento de armas contundentes.
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Que ideia divinal!
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Se servir o fim em vista...
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- Mas assim matar-nos-íamos todos.
- Não.
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Afinal o homicídio é,
ou deveria ser, uma arte.
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Não é uma das sete,
mas uma arte, mesmo assim.
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E o privilégio de o cometer
deveria ser reservado...
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aos poucos
que são indivíduos superiores.
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E as vítimas, seres inferiores
com vidas sem importância.
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Obviamente.
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Mas eu não apoio os extremistas que
defendem o homicídio no ano inteiro.
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Não, pessoalmente preferia...
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"A Semana de Degolamentos"
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ou "O Dia dos Estrangulamentos."
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Pode ser sintoma de senilidade,
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mas não aprecio este humor morbido.
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- O humor foi sem intenção.
- Não fala a sério?
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- Claro que sim.
- Estão ambos a brincar.
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Não. Por que acha que estamos?
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Considerar o homicídio uma arte
para ser praticada por alguns...