Rope
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:35:01
- Mas assim matar-nos-íamos todos.
- Não.

:35:05
Afinal o homicídio é,
ou deveria ser, uma arte.

:35:09
Não é uma das sete,
mas uma arte, mesmo assim.

:35:13
E o privilégio de o cometer
deveria ser reservado...

:35:17
aos poucos
que são indivíduos superiores.

:35:21
E as vítimas, seres inferiores
com vidas sem importância.

:35:24
Obviamente.
:35:26
Mas eu não apoio os extremistas que
defendem o homicídio no ano inteiro.

:35:31
Não, pessoalmente preferia...
:35:35
"A Semana de Degolamentos"
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ou "O Dia dos Estrangulamentos."
:35:40
Pode ser sintoma de senilidade,
:35:44
mas não aprecio este humor morbido.
:35:47
- O humor foi sem intenção.
- Não fala a sério?

:35:51
- Claro que sim.
- Estão ambos a brincar.

:35:53
Não. Por que acha que estamos?
:35:55
Considerar o homicídio uma arte
para ser praticada por alguns...

:36:00
Em época propria.
:36:01
- Agora sei que não fala a sério.
- Claro que sim! Falo sempre a sério.

:36:06
Quem decide que um ser humano é
inferior e, logo, digno de ser morto?

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- Os homicidas privilegiados.
- E quem são eles?

:36:16
Eu,
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o Phillip, possivelmente o Rupert.
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Não contaram contigo, Kenneth.
:36:24
- Eu falo a sério!
- Também nos, Mr. Kentley.

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São homens que possuem
superioridade intelectual e cultural,

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que estão acima
dos conceitos morais.

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O bem e o mal foram feitos para os
homens vulgares que precisam deles.

:36:37
Então, esta de acordo com a teoria
do super-homem de Nietzsche.

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- Estou.
- Hitler também estava.

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Hitler era um selvagem paranoico.
:36:44
Os seus super-homens fascistas eram
assassinos. Enforca-los-ia todos.

:36:49
Enforca-los-ia
primeiro por serem estúpidos.

:36:52
Enforcava os incompetentes
e os loucos. Temos demasiados.

:36:56
Enforque-me. Devo ser estúpido,
não sei se fala a sério ou não.


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