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Lisa, ali atras na prateleira esta
uma caixa amarela, estas a vê-la?
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- Na de cima?
- Sim.
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Traz-ma e também o visor.
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Tenho aqui...
isto tem cerca de duas semanas.
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Espero ter fotografado mais
do que a arte na minha perna.
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- Mas qual?
- O que procuras?
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Estou â procura de algo e, se tiver
razão, acho que resolvi um crime.
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- A Sra. Thorwald?
- Não, o cão.
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Acho que ja sei porque é que
o Thorwald matou o cão.
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Toma, espreita,
e diz-me o que vês.
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Agora põe para baixo.
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Agora olha outra vez.
Agora para baixo. Vês?
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Bem, é so uma fotografia
do patio, mais nada.
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Ha uma diferença importante.
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Aquelas flores
no canteiro do Thorwald.
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Onde o cão andava a cheirar?
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Sim, onde ele andou a escavar.
Olhem para aquelas flores.
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Vejam as zínias amarelas
nesta ponta. Estão mais baixas.
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Desde quando é que as flores
encolhem em duas semanas?
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- Esta ali algo enterrado!
- A Sra. Thorwald!
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Não tem passado muito tempo
em cemitérios, pois não?
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O Sr. Thorwald não conseguia
pôr o corpo da mulher
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num pedaço de terra tão pequeno.
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A não ser que a pusesse de pé, mas
para isso não precisava de a serrar.
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A minha ideia é que ela
esta espalhada pela cidade.
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- Uma perna no East River...
- Stella, por favor!
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Não, não,
ha ali qualquer coisa.
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As flores foram retiradas dali
e postas la de novo.
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- Talvez sejam a faca e a serra.
- Pode ser.
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- Chame o Tenente Doyle.
- Não, vamos esperar.
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Vamos esperar que fique
mais escuro e eu vou la cavar.
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Tu vais? Não vais encontrar nada
e ainda te torcem o pescoço.
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Não, não vou chamar o Doyle
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enquanto não descobrir
o corpo da Sra. Thorwald
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e o que temos de fazer é encontrar
forma de entrar naquela casa.