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A irmã de Clitemnestra
é só uma menina.
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Uma menina que não quis fazer mal.
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Por que não a convida
a nos acompanhar?
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Pois, isso parece justo.
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Será uma honra para mim
ser o acompanhante de Helena...
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se me permite
a legendaria bondade do Rei.
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Pólux, faça que se vista como é devido.
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Sim, pai.
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- Tinhas visto algo assim?
- Que conflictiva.
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Porque tanto alvoroço?
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Não entendes nada de nada?
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Não és uma menina. És...
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És quase uma mulher.
Que fazes?
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- Não o sou.
- Sim és. Escuta. Escuta-me.
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- Baixa-te um momento. Escuta!
- Não! Não o farei!
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Helena, quero-te mais do que à vida.
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Sê que é difícil de aceitar...
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mas algum dia, cedo, te casarás.
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Já sei com quem.
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- sabes?
- vi-o.
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- Onde?
- Na água.
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- Te casarás com um peixe?
- Com um pastor.
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Não me digas!
Helena!
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Farei-o. Farei-o, Pólux.
Tive uma visão.
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- Vi o seu rosto e...
- E o quê?
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Ele viu o meu.
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E, um dia, me encontrará.
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Eu sei.
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Simplesmente...sei.
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Muito bem. Muito bem.
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Tens que te preparar para que
Reis e príncipes peçam a tua mão.
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- Porque?
- Pela tua beleza, pelo teu espírito.
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Isso debilita os homens.
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Helena, não sabes a loucura
que escondem os homens.
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Todos e cada um deles.