:05:14
Madeleine! Que se passa?
:05:15
Devia ter telefonado,
mas queria ver-te, estar contigo.
:05:19
-Porquê?
-Tive o sonho.
:05:22
-O sonho voltou.
-Vai ficar tudo bem.
:05:26
Vais ficar bem. Vou buscar-te um brandy.
:05:29
Bebe isto.
:05:31
Como se fosse remédio.
:05:35
Pronto.
:05:36
Foi um sonho. Estás acordada.
Está tudo bem.
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Agora, podes contar-me?
:05:44
Foi a torre outra vez,
e o sino e a velha aldeia espanhola.
:05:48
-Sim?
-Tudo muito nítido pela primeira vez.
:05:51
Conta-me.
:05:53
Havia uma praça
e um relvado com árvores...
:05:55
e uma velha igreja caiada com um claustro.
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Depois do relvado,
havia uma grande casa de madeira...
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com um alpendre e uma varanda,
e um pequeno jardim...
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e ao lado um estábulo com
carruagens antigas alinhadas no interior.
:06:08
Continua.
:06:10
Ao fundo do relvado,
havia uma casa de pedra caiada...
:06:13
com uma linda aroeira ao canto.
:06:15
E um velho hotel de madeira
dos velhos tempos da Califórnia?
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E um bar? Escuro, com tectos baixos,
e candeeiros de petróleo pendurados?
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-Sim.
-Tudo isso existe.
:06:27
Não é um sonho.
:06:30
Já lá estiveste.
:06:35
Não, nunca.
:06:36
A 160 quilómetros a sul de São Francisco,
há uma velha missão espanhola...
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chamada San Juan Bautista
que foi conservada,
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como museu, tal como era há 100 anos.
:06:45
Pensa bem, querida.
:06:48
-Já lá estiveste. Já a viste.
-Nunca lá estive.
:06:52
-O que é? Nunca lá estive.
-Tenta lembrar-te.
:06:54
Continua a falar-me do teu sonho.
Que te assustou?
:06:57
Fiquei sozinha no relvado
à procura de qualquer coisa...