Our Man in Havana
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Milly.
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Foi outra vez às compras.
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As raparigas nos trópicos são precoces,
mesmo numa escola de freiras.

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Ensinam-lhe coisas que não compreendo.
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Até lhe deram um sotaque americano.
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Ás vezes, quando estou com ela,
sinto-me um estrangeiro.

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Nunca se preocupa com nada?
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- Estou interessado na vida.
- Eu também.

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Está interessado numa pessoa, não na vida.
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Mas as pessoas morrem ou partem.
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Interessam-me os seres científicos vivos.
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Tenho uma experiência relacionada
com a cor azul do queijo,

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que pode ser importante
e que nunca morrerá.

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Lembra-se de quando ela deitou fogo
ao Thomas Earl Parkman Jr...

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e tiveram de o meter na fonte para o apagar?
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Tinha apenas 13 anos.
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Cresceu tão rapidamente.
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Por vezes, queria que ela deitasse
novamente fogo a alguém.

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E deitará.
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Não estou a falar disso.
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Está tudo bem, Lopez?
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- O dia foi bom, pai?
- Não foi mau. E o teu?

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Tive as melhores notas em dogma e moral.
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- Mas saí-me melhor em pecado venial.
- Não me digas.

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- Trouxe isto para a sua colecção.
- Obrigado.

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Convidei o Dr. Hasselbacher
para o teu aniversário.

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Podíamos ir a um clube.
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- Podemos ir ao Teatro Shanghai?
- Claro que não.

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Nem sei como ouviste falar desse sítio.
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Na escola ouve-se falar das coisas.
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Importa-se que as batatas tenham olhos?
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Comprei-as por uma pechincha.
Têm um aspecto estranho.

:09:54
Decidiste o que queres
para o teu aniversário?

:09:58
Na verdade, não há nada que eu queira.

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