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- O melhor amigo que já teve.
- Não o condenarei sem o ouvir.
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Foi a um baile de máscaras, Hasselbacher?
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Suponho que deva explicações
pelo uniforme.
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Deve explicações por outras coisas.
Quero saber quem era o Montez.
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- Já sabe.
- Não faço ideia.
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Há quanto tempo lê Shakespeare
nessa forma,
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sem a poesia?
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Apenas desde o aniversário da Milly.
Lembra-se de como ela falava?
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Eles deram-me cópias dos seus telegramas.
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- Foi muito imprudente, Sr. Wormold.
- Não havia nada importante nos telegramas.
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Eu achava o mesmo.
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Senão, não teria concordado em colaborar
com eles.
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- Quem são eles?
- Não se apresentam.
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As pessoas que me destruíram o laboratório
e me roubaram os documentos.
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Se me tivessem denunciado à polícia,
podia ter sido deportado.
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Como podia eu saber
que o que lhes descodifiquei era verdade?
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Aconselhou-me a inventar e eu inventei.
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No que depende de mim,
o Montez era uma invenção.
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Então, inventou-o demasiado bem.
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Para mim, era tão real
como uma personagem de um romance.
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O seu nome era real e a profissão também.
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Negou que trabalhava para si.
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Ofereceram-lhe muito dinheiro
para trabalhar para eles.
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Eles também queriam fotografias
das construções nas montanhas.