:27:00
- Como cair numa tina de manteiga.
- Pára, Daphne.
:27:03
Quando era miúdo, sonhava que ficava
fechado à noite numa pastelaria.
:27:07
E havia doces por todo o lado.
:27:09
Croissants recheados, éclairs de moka,
tartes de creme, de cereja...
:27:14
Ouve: Nada de manteiga,
nada de pastéis. Estamos de dieta.
:27:17
Sim, claro, Joe.
:27:19
Aí não.
Isso é o alarme.
:27:24
Agora é que a fizeste bonita.
:27:26
- O quê?
- Arrancaste-me um peito.
:27:30
- É melhor ires arranjar isso.
- É melhor ajudares-me.
:27:36
MULHERES - HOMENS
:27:41
Esta, Daphne.
:27:43
Agora arrancaste o outro.
:27:57
Peço imensa desculpa.
:27:59
Não faz mal.
Tive medo que fosse a Doce Sue.
:28:01
- Não dizem a ninguém...?
- Dizer o quê?
:28:04
Se me apanham outra vez,
expulsam-me da orquestra.
:28:09
São as novas?
:28:11
Somos nós. Sou a Daphne.
:28:13
E é a Joe... sephine.
:28:15
Entrem.
:28:17
Sou a Sugar Cane.
:28:19
- Sugar Cane?
- Costumava ser Sugar Kowalczyk.
:28:22
- Polaca?
- Sim. De uma família de músicos.
:28:25
A minha mãe dá aulas de piano.
O meu pai era condutor.
:28:28
- Onde é que ele conduzia?
- Em Baltimore e no Ohio.
:28:34
Toco cavaquinho e também canto.
:28:37
Não tenho grande voz, mas isto
também não é grande orquestra.
:28:41
Só estou aqui
porque ando a fugir.
:28:43
- Fugir de quê?
- Preferia não falar disso.
:28:47
Querem? É uísque.
:28:50
Talvez mais tarde.
:28:53
Não pensem que bebo muito. Posso
parar se quiser, só que não quero.