:37:06
Ela não pode saber que estamos aqui.
:37:09
Não se diz a ninguém.
Nem à Josephine.
:37:12
Talvez seja melhor
eu ficar até ela adormecer.
:37:15
Fica o tempo que quiseres.
:37:20
Não estou a incomodar?
:37:23
Não.
É bom e aconchegado.
:37:26
Quando era pequena, em noites assim,
ia para a cama da minha irmã.
:37:30
Ficávamos juntinhas e fingíamos
que estávamos numa gruta escura
:37:34
e queríamos encontrar a saída.
:37:36
Que interessante.
:37:40
- Passa-se alguma coisa?
- Não, não, nada.
:37:45
Coitadinha.
Estás a tremer.
:37:47
Ridículo.
:37:49
- Tens a testa quente.
- Ridículo.
:37:53
- Os pés frios.
- Não é ridículo?
:37:55
Olha, vou aquecê-los um bocadinho.
:37:58
- Estás melhor?
- Sim. Sou rapariga... rapariga...
:38:01
- Quê?
- Uma rapariga muito doente.
:38:04
- É melhor ir-me...
- Não estou assim tão doente.
:38:07
Tenho pouca resistência.
:38:09
Se achas que estás
a chocar alguma coisa,
:38:13
o melhor remédio
é um golo de uísque.
:38:15
- Tens?
- Sei onde há.
:38:18
Não te mexas.
:38:21
- Segura.
- Sim.
:38:44
Para cima. Cima.
:38:51
- Estás bem?
- Óptima.
:38:53
- E a garrafa?
- Meia cheia.
:38:57
- Vai buscar copos.
- Copos?