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- Quê?
- Uma rapariga muito doente.
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- É melhor ir-me...
- Não estou assim tão doente.
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Tenho pouca resistência.
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Se achas que estás
a chocar alguma coisa,
:38:13
o melhor remédio
é um golo de uísque.
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- Tens?
- Sei onde há.
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Não te mexas.
:38:21
- Segura.
- Sim.
:38:44
Para cima. Cima.
:38:51
- Estás bem?
- Óptima.
:38:53
- E a garrafa?
- Meia cheia.
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- Vai buscar copos.
- Copos?
:39:09
Assim é que dá gosto viajar.
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Acende a luz. Não vejo nada.
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Luzes não.
Não queremos que saibam.
:39:18
- Mas posso entornar.
- Entorna.
:39:21
Entornadelas, excitações,
risos e joguinhos.
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Isto ainda vai ser uma festa-surpresa.
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- Qual é a surpresa?
- Mais tarde.
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- Quando?
- É melhor beber antes.
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Faz-te crescer pêlos no peito.
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Não vale adivinhar.
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Isto é privado?
:39:39
Privadíssimo.
Pira-te, por favor.
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Dolores, ainda tens vermute?
:39:43
- Claro.
- Quem quer vermute?
:39:45
Temos uísque.
Podemos fazer Manhattans.
:39:48
Manhattans?
A esta hora da noite?
:39:50
- Traz o shaker.
- Oh, Sugar.
:39:53
Vais-me estragar a surpresa.
:39:56
- O que é que se passa?
- Há festa no 7.
:39:59
- Levo queijo e bolachas.
- Levo o shaker, leva o saca-rolhas.