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Às quintas servem-me
sempre no salão pequeno.
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É tão requintado.
Como uma mansão flutuante.
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Chega para um solteirão.
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- Que peixe tão bonito.
- Pesquei-o no Cabo Hatteras.
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O que é?
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É da família dos arenques.
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Um arenque?
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Não é incrível como conseguem meter
aqueles peixinhos em garrafas?
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É, encolhem no escabeche.
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- Champanhe?
- Vinha a calhar.
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Bota abaixo, como dizemos no mar.
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Bon voyage.
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- Olhem-me só para as pratas.
- Troféus.
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Está a ver, tiro aos pratos,
criação de cães, pólo aquático.
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Isso não é muito perigoso?
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Se é.
Tive dois póneis que se afogaram.
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Onde tem a colecção de conchas?
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Ah, sim.
Onde é que a terão posto?
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Às quintas-feiras
fico um bocado perdido.
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- Porquê àa quintas?
- É a folga da tripulação.
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- Quer dizer que estamos sozinhos?
- Completamente.
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Nunca estive completamente sozinha
com um homem a meio da noite,
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- no meio do mar.
- Está em perfeita segurança.
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Estamos ancorados. E o navio
está em perfeita forma.
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A guarda costeira avisa
se aparecerem icebergs.
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Não são os icebergs.
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Mas alguns homens tentariam
aproveitar-se da situação.
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- Faz-me um grande elogio.
- Mas o senhor é um cavalheiro.
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Não é isso.
Sou inofensivo.
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- Inofensivo? Como?
- Não sei como dizer,
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mas tenho esta coisa com raparigas.
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- Que coisa?
- Deixam-me frio.
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Quer dizer, frígido?
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Bem, é antes um bloqueio mental.
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Quando estou com uma rapariga,
não sinto absolutamente nada.
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- Já tentou?
- Se tentei! Estou sempre a tentar.