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-Eu sei da aliança.
-Ele violou essa aliança...
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...quando a levou no meu lugar
a viajar, enquanto escrevia o poema.
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Até quando eu estava com ele,
ele sentia-se assustado.
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Mas eu sabia sempre a razäo.
1:13:13
Estendia a mäo e tocava
nas mäos dele.
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Näo proferia uma palavra, só
olhava, e tocava nas mäos dele.
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De manhä, o poema de Veräo
continuava...
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...até estar completo.
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-Eu näo podia ajudà-lo.
-Claro que näo, ele era meu.
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Eu sabia ajudà-lo.
Tu näo.
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-Eu tentei.
-Eu obrigava-o.
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Està bem, eu falhei.
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Percebi isso no dia em que fomos
para Cabeza de Lobo de onde...
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...ele tinha desistido
de escrever o poema.
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-Porque tinha quebrado...
-Sim, algo quebrou-se.
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-As pérolas com que as mäes velhas...
-Velhas?
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-Seguram os filhos!
-Sim, da morte.
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Näo! Da vida!
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Eras a estranha, a destruidora.
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-Éramos a vida.
-Alimentavam-se da vida.
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Os dois. Consumiam!
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As pessoas eram objectos. Foi isso
que aprenderam um com o outro.
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-Eram superiores aos mortais.
-Bastàvamo-nos um ao outro.
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O Sebastian só precisou de si
enquanto era útil.
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-Útil?
-Jovem, capaz de atrair.
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Là està ela na tagarelice,
a mentir.
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-Deixou-a em casa porque...
-Roubaste-o!
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Perdeu o poder de atracçäo!
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Que tem a atracçäo a ver
com um filho e uma mäe?
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-Näo posso impedir as mentiras?
-Sim! Mande cortar-me o cérebro.
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Isto foi um erro.
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O meu erro foi ter ido
com o Sebastian.
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-Quando a deixou, teve um ataque.
-Näo foi um ataque!
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Um ataque de histeria.
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O Sebastian deixou-a
como um brinquedo velho.
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Levou-me como um brinquedo
novo. Na sua última viagem.
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-Mentiras. Só mentiras.
-Sabe, Doutor, nós...
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-Nós éramos o chamariz.
-Chamariz?
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Para o Sebastian.
Ele usava-nos como isco!