1:37:02
Pediam päo?
1:37:04
Faziam um barulho com a boca...
1:37:06
...metiam as mäos na boca
e faziam...
1:37:09
...um barulho,
com uns esgares assustadores.
1:37:14
Lamentàmos ter là ido,
mas era tarde demais para partirmos.
1:37:18
Por que era tarde demais?
1:37:20
Eu disse. O Sebastian näo estava
bem. Tinha os olhos esbugalhados.
1:37:25
Mas disse: " Näo olhes
para aqueles monstrinhos.
1:37:28
Os pedintes säo uma doença
social neste país.
1:37:31
Se olhares para eles,
ficas farta do país.
1:37:33
Isso estraga o país."
1:37:37
Continue.
1:37:41
Continue.
1:37:46
Continue.
1:37:49
Eu vou continuar.
1:37:51
O bando de crianças começou
a fazer-nos uma serenata.
1:37:55
-O quê?
-A tocar instrumentos...
1:37:57
...a fazer música, se é
que se pode chamar música.
1:38:01
Eram instrumentos de percussäo,
percebe?
1:38:05
Sim, instrumentos de percussäo,
como os tambores.
1:38:08
Pelo que eu conseguia ver,
na luz intensa da praia...
1:38:13
...os instrumentos eram latas
atadas umas às outras...
1:38:18
...e pedaços e mais pedaços
de metal...
1:38:20
...que tinham sido espalmados
e transformados em...
1:38:23
-Em quê?
-Pratos, sabe?
1:38:26
-Pratos de latäo a bater.
-Certo.
1:38:28
Latas espalmadas
a bater uma na outra. Pratos.
1:38:33
Os outros tinham outras coisas.
Todo o tipo de coisas.
1:38:37
Coisas que tinham feito ou apanhado
na praia que fizessem barulho.
1:38:43
Música feita a partir do barulho.
1:38:46
Continue.
1:38:47
Eu estou a continuar.
Nada poderà deter-me.
1:38:49
O seu primo Sebastian
gostou do concerto?
1:38:53
-Ficou aterrado.
-Por quê?
1:38:56
Penso que reconheceu
alguns dos músicos.
1:38:59
Alguns dos rapazes.