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sinto ter agido
com grande brandura.
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E eu sabia que você...
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arranjaria maneira de
reverter a situação...
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e conseguiu-o mesmo,
e tudo está bem outra vez.
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E não tentou evitar
que viessemos aqui?
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Ainda não os convenci
da minha sinceridade?
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Venham. Comam, bebam.
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Deixem-me gozar uma hora cheia
de fina convivência...
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com o filho do meu velho amigo.
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Desculpe-me, senhor...
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mas o meu Pai
nunca me deu outra sensação...
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que o senhor e ele não eram mais
do que inimigos mortais.
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Oh, doutor. Competidores, sim.
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Contestadores, se quiser,
mas inimigos? Não.
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Admirava-o mais que a qualquer homem.
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Estou a ver.
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E no entanto, parecia sempre que...
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Parecia, caro doutor.
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Você e eu, dedicados do oculto...
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sabemos bem demais da falacidade...
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do que aparenta ser.
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Sim, lá isso é verdade.
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Isso é mesmo verdade.
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Mas diga-me, conte-me algo...
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sobre as suas miraculosas
manipulações de mãos...
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das quais ouvi
relatos tão maravilhosos...
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e que nunca testemunhei.
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Mas eu já vi que você também...
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possui o dom da magia por gestos.
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Tenho os meus humildes recursos.
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Humildes?
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Humildes, chama-lhes ele.
Transformando pessoas em pássaros.
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Ainda continua a falar disso?
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O incidente está fechado.
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Não está nada!
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Onde está o meu saco
de equipamento mágico?
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Num lugar seguro.
Devolva-mo.
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De bom grado, doutor...
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se assim o quer,
mas prometa-me que não...
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Não prometo nada!
Desafio-o!
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Outra vez?
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Dr. Bedlo.