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212, 213, 214...
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Maria Gambrelli,
embora agora perceba que fez mal,
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näo é o tipo de mulher que tem um caso
com um homem e depois o denuncia.
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Näo podemos condena-la por näo
crer que esse homem seja um assassino.
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Mas ele näo era apenas um assassino.
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Era um malandro sem principios
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que preferia ver a Maria na guilhotina
que perdê-la para outro homem.
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Estava escondido no armario quando
ela entrou no quarto com o espanhol.
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Matou o espanhol
e pôs a arma na mäo de Maria.
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- Näo sabe o que diz.
- Benjamin. Cale-se.
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- Tem alguma coisa a dizer, M. Ballon ?
- Näo tem nada a dizer.
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Mas ela tem.
Por que näo lhe pergunta?
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Atrevida!
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- Andou a dormir com o meu marido.
- Mentirosa.
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Olha, o teu marido
andava metido com a minha mulher.
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- Mentiroso.
- Obrigada.
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Entäo e tu?
Tu e a Simone?
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- E tu e o Georges?
- Tu é que o mataste.
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- Vi-te a ir para a estufa.
- Esta louco. Por que mataria Georges?
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- Andavas metida com ele.
- E matava-o?
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Tu sabias que ele
andava metido com outra mulher.
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- Vi-te a matar a Dudu.
- Mentirosa.
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- Vi sim senhor...
- Por que havia de matar a Dudu?
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Porque descobriu que ela andava
metida com o Pierre.
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- E mentira.
- Ela disse-me.
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Porque tu e a Dudu andavam a fazer
chantagem com a Senhora.
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- Mentiroso.
- Ela viu a senhora matar o Miguel.
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- Cala-te.
- Näo é possivel.
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O Georges viu o M. Ballon descer
da janela de Maria depois dos tiros.
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Näo o matei.
Estava no armario.
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A minha mulher julgava-me com a Maria
e matou o Miguel por acaso.
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- Eu é que pus a arma na mäo de Maria.
- Prendo-o por la ter posto a arma.
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- Näo se meta.
- Seu hipocrita moralista.
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E entäo o Henri?
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- Você é que o matou.
- A que proposito?
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- Esta preso.
- Cale-se.