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se tornará
imediatamente clara.
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Neste preciso momento,
entrega o bilhete de resgate.
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- Resgate?
- Exactamente.
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Tem 28 bobinas de filme
no porta-bagagem.
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Sao os negativos,
e a única cópia de trabalho
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de A Rapariga
Que Roubou A Torre Eiffel,
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um filme que custou
6 milhoes de dólares.
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Está certo que tem os negativos
e a única cópia de trabalho?
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Absolutamente.
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E fala a sério
quanto a destruí-los?
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A nao ser
que me entregue
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a chave do seu cofre
em Casablanca.
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Meu caro rapaz,
nao faço a menor ideia
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de quem é.
Mas é belo!
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Absolutamente belo.
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E nao só isso,
mas salvou-me a vida.
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A Rapariga Que Roubou A Torre
Eiffel é, francamente, um desastre.
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O título é simbólico.
Ela nao rouba a torre.
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Ou, pelo menos,
penso que nao.
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O final é tao confuso
que é difícil saber.
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De qualquer modo, o guiao é tao mau
que nunca distribuiríamos o filme.
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Eu estava acabado. Feito.
Esta festa
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era para ser um gesto de despedida.
Como um canto de cisne.
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Á meia-noite,
planeava rubricar a conta,
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deixar uma valente
mas imaginária gorjeta e,
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enquanto o fogo de artifício
explodia no céu de veludo preto,
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lançava-me do cimo
deste grotesco edifício.
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E agora,
á última hora,
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mesmo a tempo - e nao me diga
que nao há alguém lá em cima
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a velar por produtores -
aparece você!
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Nao acredito.
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Se me prometer
que destruirá o filme,
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duma ponta á outra,
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nao só lhe darei
a chave do cofre,