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Coitado do meu Jacques.
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Não faz mal.
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Quem já viu um Stradivarius,
viu todos.
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Não percebi que já era
tão tarde.
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Entre, sente-se, relaxe.
Tome uma taça de champanhe.
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- Já disse que não bebo.
- Champanhe não é bebida.
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É um mínimo de álcool
e o máximo de companheirismo.
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Mas é contra
os meus princípios.
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Que pena.
Achei que poderia quebrar o gelo.
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Você me passou um belo pito.
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Não, obrigada.
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Achei sua análise
muito perspicaz.
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- Mas não muito educada.
- Não muito.
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- Por que fez aquilo?
- Estava aborrecida com você.
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Acho difícil entender
um homem com a sua fama.
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Ambos temos fama.
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Talvez a minha seja um pouco
mais apregoada do que a sua...
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mas você tem dado à imprensa
uma imagem bastante clara.
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Sei disso.
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- Você é?
- O quê?
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O que eles a chamam...
"A Rainha Virgem".
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Não sou rainha.
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Isso é apenas meia resposta.
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A governante durona
de dez milhões de pessoas...
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em sua torre de marfim...
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intocada, solteira
e inatingível.
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Se tivesse conhecido meu pai,
você me entenderia.
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Ele era um governante totalitarista.
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Governava seu povo
com mão de ferro...
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mas me deu um pônei branco
no meu quinto aniversário.
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Ele não tinha razão
em muitas coisas...
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mas tomava decisões na esteira
de seus antecessores.
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Aprendi os costumes do Ocidente,
e me tornei um pouco dos dois...
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um paradoxo...
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e é difícil conciliar
os extremos.
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Tome uma taça de champanhe.
Faz maravilhas pelos extremos.
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Dizem que estimula
amizades duradouras.