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Não, mas...
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- Foi apenas uma tontura momentânea.
- Toma este comprimido.
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- És tão boa para mim.
- Tu és minha amiga.
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Quero que o teu último ano de vida
seja o mais feliz da tua vida. Quando é?
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- 18 de Outubro. Qual é o sabor?
- Choco-menta.
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É espectacular.
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Sabes o que mais detesto nesta tragédia?
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Morrer?
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Ser um tamanho fardo para todos.
Mas o que posso eu fazer?
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Os médicos fizeram tudo o que puderam
e eu continuo a sofrer dia e noite.
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O que é que ela tem?
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- O que se passa?
- É um dos meus ataques.
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- Esta miúda precisa de ajuda.
- Não, a sério.
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Não vejo nada. Está tudo escuro.
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- Desaperte-lhe o colarinho.
- Ela vai gelar.
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Alguém chame um táxi.
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Táxi.
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- Desaperte-lhe o colarinho, depressa.
- Ela ainda apanha pneumonia.
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Quer que ela morra sufocada?
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Não tenho nada a ver com isso,
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mas da maneira que ela está a transpirar
ainda apanha pneumonia.
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Desaperto o colarinho, aperto o colarinho.
Alguém se decida.
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- Eu sou médico.
- Está aqui uma rapariga muito doente.
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- Já me sinto melhor.
- Tenha calma.
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- Eu sou médico.
- Doutor, ela está a morrer.
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- Já me sinto melhor.
- Mas vamos fazer um exame.
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Não se importa de fazer um checkup?
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Mas ela está bem.
Foi só uma brincadeira.
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Sabe o que fazem os médicos
a gente que faz destas brincadeiras?
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Levamo-los para o hospital
e lavamos-lhes o estômago.
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Já lhe fizeram
uma boa lavagem ao estômago?
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Lavei o estômago a um brincalhão
e jamais se levantou.
:24:57
- Foi sem intenção.
- Se eu não encontrar nada...