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- Eu nunca disse...
- Quer dizer, no parque, domingo passado.
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E agora lá fora, a vigiar.
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Deves estar louca.
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Foi o que disseste, não foi?
Sempre que estamos juntos.
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Disseste que o teu marido não suspeitava.
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Eu achava que não. Mas vá-se lá saber
o que pensa um marido?
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Ele está a espreitar, vês?
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Agora tenho a certeza. É mesmo o tipo de
coisa que o Paul faria.
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- Raparigas-detectives insuspeitáveis.
- É a coisa mais indecente que já ouvi.
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A injustiça disto é que eu não fiz nada,
nem uma bendita coisinha.
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À excepção de ouvir música.
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Imagina sermos apanhados
por umas rufias daquelas.
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Quando um homem pensa que a mulher
esteve no apartamento de outro,
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mesmo em plena luz do dia,
já não quer saber da verdade.
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Diga-se o que se disser, ele verá nisso
as conotações mais sórdidas.
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Vai ficar completamente desvairado.
Eu sei que vai.
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Ele é grande?
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Tenho de sair daqui.
Há alguma porta das traseiras?
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Há, mas vais sair pela porta da frente
para te verem sair.
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- Estás louco?
- Eu não estou louco.
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Queres que digam que ficaste aqui,
queres que ele apareça com uma arma?
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Tens de ir direitinha à porta da frente,
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como se fosses dona do edifício para,
no caso de lhe irem contar,
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poderes sublinhar o facto de não teres
ficado cá tempo suficiente...
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Este não deve ser um dia típico.
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- Tentamos outra vez no próximo sábado?
- Então e...?