1:14:00
Tenho a certeza que ela está bem.
1:14:02
Talvez lhe interesse saber
que eu falei com o Sr. Orient.
1:14:06
Telefonou ao Sr. Orient?
1:14:08
Não temos que
nos preocupar mais com ele.
1:14:11
- O que é que lhe disse?
- Não posso falar disso agora.
1:14:14
Estou à espera de uma chamada
da Srª Hambler. Boa noite.
1:14:24
Quero lá saber que seja a mãe dela.
Que coisa mais nojenta de se fazer.
1:14:29
Coitadinha da Val.
1:14:32
Ela ama-o mesmo muito.
1:14:34
Eu sei. Eu passei pelo mesmo
com o John Barrymore.
1:14:38
- Quem?
- O que é que disseste?
1:14:42
Perguntei quem é ele,
esse por quem tiveste essa paixão?
1:14:45
Quer dizer que não sabes quem era
o John Barrymore?
1:14:50
Nunca ouviste sequer falar do nome dele?
1:14:57
Se me permitem,
é mais tarde do que eu pensava.
1:15:02
Não há nada que possamos fazer por ela?
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Eles não a amam. Ninguém a ama, só nós.
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Enfiam-na nas escolas e nos médicos.
Tudo para se verem livres dela.
1:15:11
Ela morre, se souber que vai ter de
continuar assim.
1:15:14
- Eu sei.
- Não podíamos pedir ao Sr. Boyd?
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- Claro que não.
- Mas se eles não a querem...
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Não sabes se isso é mesmo assim.
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As famílias têm modos diferentes
de se relacionar.
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E afinal, independentemente
do que sintam por ela,
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continuam a ser os pais dela,
e as crianças pertencem aos pais.
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- Quem disse isso?
- Não olhes para mim.
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Só podemos fazer uma coisa.
Podemos dar-lhe o máximo de amor
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e fazer que ela sinta
que a nossa casa é a casa dela.
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- Se pudermos fazer mais, faremos.
- Obrigada.
1:15:45
E pelos presentes de Natal,
pelo dinheiro, e tudo.
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Tem sido um Natal maravilhoso,
excepto isto da Val.
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Boa noite, querida.
E não te preocupes demasiado com a Val.
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As crianças indesejadas têm uma coisa -
aprendem a tomar conta de si muito cedo.