The World of Henry Orient
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Não há nada que possamos fazer por ela?
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Eles não a amam. Ninguém a ama, só nós.
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Enfiam-na nas escolas e nos médicos.
Tudo para se verem livres dela.

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Ela morre, se souber que vai ter de
continuar assim.

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- Eu sei.
- Não podíamos pedir ao Sr. Boyd?

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- Claro que não.
- Mas se eles não a querem...

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Não sabes se isso é mesmo assim.
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As famílias têm modos diferentes
de se relacionar.

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E afinal, independentemente
do que sintam por ela,

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continuam a ser os pais dela,
e as crianças pertencem aos pais.

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- Quem disse isso?
- Não olhes para mim.

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Só podemos fazer uma coisa.
Podemos dar-lhe o máximo de amor

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e fazer que ela sinta
que a nossa casa é a casa dela.

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- Se pudermos fazer mais, faremos.
- Obrigada.

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E pelos presentes de Natal,
pelo dinheiro, e tudo.

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Tem sido um Natal maravilhoso,
excepto isto da Val.

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Boa noite, querida.
E não te preocupes demasiado com a Val.

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As crianças indesejadas têm uma coisa -
aprendem a tomar conta de si muito cedo.

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Boa noite.
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- Sou eu.
- Estou a morrer de fome.

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Jesus, abrenúncio!
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Se me deixasses dizer à mãe também
podias ter molho de uva-do-monte.

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Por mais simpáticas que sejam,
elas pertencem todas ao mesmo clube.

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Assim que se trata de uma filha,
correm logo para o telefone.

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- Há novidades?
- A polícia anda atrás de ti.

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- Porquê?
- O Deptº de Desaparecidos.

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Se calhar vão dragar o rio.
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- Podíamos vê-los.
- Se encontrarem o corpo de outro...


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