1:29:03
fica sabendo que eu falei
com o teu Sr. Orient, hoje à tarde.
1:29:07
Se te voltares a aproximar dele,
pedi-lhe que mo comunicasse,
1:29:12
em vez de chamar a polícia,
como era a intenção dele.
1:29:16
A polícia?
1:29:17
Ele tem o direito
de se proteger do assédio.
1:29:21
- Ele ia mesmo chamar a polícia?
- Pois ia.
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- Parece mais maluco que as miúdas.
- O que farias tu?
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Diabos me levem se não conseguisse
comprá-las com refrigerantes.
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Falas como se não fosse grave
ela comportar-se como uma pêga.
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Olha, não me parece que isso seja uma
descrição justa do comportamento dela.
1:29:42
E se continuamos assim, vamos todos
dizer coisas de que nos arrependeremos.
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Não achas que
devemos esquecer isto tudo?
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Para que fiquem duas coisas bem claras.
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Uma: O Sr. Orient.
Acabou, percebeste?
1:29:58
- Já disse que sim.
- E a Marian Gilbert também.
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- Achas mesmo que isso é necessário?
- Não quero saber.
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Não queres saber?
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- Nunca mais a quero ver.
- Estou encantada.
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Acho que isto
nos vai poupar muitos desgostos.
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Até a mãe dela admite
que é uma amizade inconveniente.
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Estão sempre a meter-se
em sarilhos juntas.
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A Marian é o produto típico
de um lar desfeito.
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- Vai acabar por ser uma delinquente.
- Isso não é verdade.
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És nova demais
para perceberes estas coisas.
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A Marian Gilbert é a rapariga mais
linquente que já conheci na vida.
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É por isso que não queres
tornar a vê-la?
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- Quando é que a Srª Gilbert te disse isso?
- Esta noite.
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Passei por casa delas para ver
se sabiam de alguma coisa.
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Foi por isso que cheguei tão tarde.
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Ela é uma mulher de classe média
simpática, mas desorganizada.