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-Sou vosso amigo. Quem me dera não ser.
-O que fazer, então?
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-Desistir.
-Não posso desistir.
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A nossa amizade é mais volúvel que isso.
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A única razão do mundo
para alterar a amizade...
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-é que Sir More não desiste.
-Para mim, tem de ser assim.
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O afecto é tão profundo em mim
como em vós, creio.
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Mas só Deus é amor, integralmente.
E assim sou eu.
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E quem sois vós?
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Um advogado! Filho de advogado!
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Somos vistos como orgulhosos,
arrogantes e abdicámos todos.
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Porque tendes de ser diferente?
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Caramba, homem! É um exagero!
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Ficarei triste.
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Ninguém está seguro,
e vós tendes um filho.
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Poremos agora cobro à nossa amizade.
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-A bem da amizade?
-Sim.
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Palerma!
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Sois um doido!
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Não é vosso estilo provocar disputas.
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Escutai. Vós e os da vossa classe
desististes, como dizeis e muito bem,
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porque a religião deste país
nada significa para vós.
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Isso é um disparate, para começar!
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A nobreza de lnglaterra...
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A nobreza de lnglaterra teria roncado
com o Sermão da Montanha!
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Mas labutareis como colegiais
para apurar um bulldog.
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Uma disputa artificial não é disputa.
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Temos uma disputa desde que nos
conhecemos. A nossa amizade é um tédio.
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Sois capaz de ser cruel,
mas isso sempre o soube.
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Como avaliais os vossos bulldogs?
Pelo ataque, não é?
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-Sim.
-É inato?
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-É.
-É por isso que os criais?
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Assim é com o Homem.
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Não desisto, porque me oponho.
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Não por orgulho, mau humor,
ou qualquer outro desejo, mas oponho-me.
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Não há, no meio destes músculos,
nenhum tendão que satisfaça o apetite...