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Existe só uma coisa de que um homem
teria mesmo vergonha de falar.
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A Stephanie não é ninfomaníaca.
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Adivinhei. Foi isso que vieste dizer-me?
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- Conta-me os detalhes todos.
- Que posso dizer-te?
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Apenas que a minha mulher
é escrava do desejo.
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É uma maneira simpática
de descrever uma tarada.
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Podes imaginar
o que tem sido a minha vida.
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Tens de tirar-lhe
as crianças imediatamente.
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Porquê? Não é contagioso.
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Tens de lutar pela custódia deles.
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Pensando bem,
as crianças não são parecidas contigo.
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É penoso demais falar em tudo isto.
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Meu pobre querido.
Quando penso naquela mulher horrível.
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Que digo? Ela não é horrível.
É maravilhosa. Admiro a sua coragem.
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Agora que revelei esta história terrível,
não voltaremos a mencionar o nome dela.
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Sabes o que estava a fazer
quando chegaste?
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A enviar um presente á Stephanie.
Ela gosta do Horowitz. Qual é a morada?
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Manda para o consultório.
A Menina Dickinson envia-lho.
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- Olá.
- Que quer dizer com isso? Até logo.
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Desta vez, eu estava vestido.
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Que tens aí?
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É marta. Deu-me o Julian.
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- A minha tia Bertha tem um igual.
- Eu sei. Queria calças de cabedal pretas.
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Pobre Julian. Julgou que isto me agradaria.
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É um recuo aos tempos em que o caçador
dava á mulher peles de animais mortos.
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Imaginas quantas martas
terá o Julian matado?
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Isso é pouco amável.
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Quando penso em todas as mulheres
que fariam tudo por isto,
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quando eu nem sequer o quero.
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É a minha oportunidade
de fazer uma boa acção.
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La mandar discos á mulher dele.
Em vez disso, mando esta marta.
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Qual o problema? Ela vai adorar.
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A Sra. Winston nunca aceitará
uma estola de marta de ti.
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Onde está o cartão?
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"Como sempre, Julian."
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Isso deve bastar.
É uma espécie de ajuda humanitária.
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És uma louca. Mas uma louca simpática.