:55:14
Finalmente, tu e eu estamos quites.
Paguei a vida que te devia,
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e, quando nos virmos outra vez, posso
matar-te sem tornar-me má pessoa.
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Ele vai dançar para mostrar
a alegria dele.
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Avô.
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Que bom é ver-te.
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Eu também fico feliz por te ver,
meu filho.
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O meu coração paira como um falcão.
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Queres comer?
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Não como contigo porque vou morrer
em breve.
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Morrer, avô?
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Sim, meu filho.
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Quero morrer na minha terra, onde os
Seres Homem são enterrados no céu.
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Por que queres morrer, avô?
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Porque não há outra maneira de lidar
com o homem branco, meu filho.
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Com tudo mais que se possa dizer
deles, é preciso admitir,
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não é possível vermo-nos livres
deles.
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Não, presumo que não, avô.
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Há um infinito suprimento de homens
brancos,
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mas sempre houve um número
limitado de Seres Humanos.
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Hoje, ganhámos.
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Não ganharemos amanhã.