Morte a Venezia
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:32:09
Quer dizer, na tua opinião,
o noso trabalho como artistas...

:32:12
Trabalho! Aí está a questão.
:32:15
--Acreditas realmente que a beleza
pode ser produto de um 'trabalho'?!

:32:25
Sim. Julgo que sim.
:32:30
E é assim que nasce a beleza.
:32:32
Assim, de forma 'espontânea'.Com total
desprezo pelo teu 'trabalho' ou pelo meu.

:32:37
Ela já pré-existe, antes da nossa presunção
de artistas!

:33:14
O teu grande erro, meu caro amigo,
é considerares a vida...

:33:18
e a realidade, como limitações.
:33:20
--E não o são?!
:33:22
A 'realidade' distrai-nos -- degrada-nos.
:33:35
--Sabes em que mais creio?
:33:38
As vezes penso que nós, os artistas, somos
como caçadores a apontar, no escuro.

:33:43
Sem sequer sabermos onde estão
os nossos alvos. Não podemos...

:33:46
...pedir à vida que ilumine os nossos
objectivos, ou nos indique o caminho.

:33:52
A criação da beleza ou da pureza é
um produto espíritual.

:33:59
Não, Gustav. Não!

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