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Não te desejei nada muito grave.
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Apenas dois meses em tracção.
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És tão querida.
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Sabes, a coisa que mais odeio no mundo
é uma mulher ciumenta...
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e era nisso que me estava a tornar.
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Foi por isso que tive de partir.
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Começava a ser
uma das minhas pessoas menos favoritas.
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Odiava isso. Sei que tu também.
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Seja como for, ainda funciona assim.
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-Por vezes, demasiado bem.
-Que significa isso?
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Quero dizer, há um cantinho a meio
de cada dia, com cerca do teu tamanho.
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Há muitas raparigas do meu tamanho,
se estás mesmo à procura.
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Não estou. É isso que te tento dizer.
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Dizes que desististe de raparigas?
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Não tenho sido exactamente
o monge do ano, nem nada parecido,
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mas tenho-me esforçado.
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Deve haver alguma consternação
entre essas "apalpadas".
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Queres dizer "apalpadelas", não é?
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Não sei, "apalpadas, apalpadelas..."
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Sabes, tens de ser justa.
A culpa não foi só minha.
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Escuta, eu sei. Elas eram irresistíveis.
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Tu também tiveste uma certa culpa.
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Tu e aquele cortejo de colegas de quarto
que entram e saem da tua casa.
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Não pensei que fossem
um desafio tão grande para ti.
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Que desafio? Eu gostei muito.
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Tu e eu sentados à frente da lareira,
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enquanto uma rapariga em roupão
se sentava ali a comer biscoitos de figo.
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E aquela que tinha um são-bernardo?
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Era mesmo uma vencedora.
Ocupava o espaço suficiente.
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E havia aquela que ia às aulas de flauta.
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Sim, talvez tenha sido
um tanto duro para ti.
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Consigo pensar em mil razões
para tentarmos de novo.