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Que diferença faz? Arranjou-o.
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O meu primeiro salário.
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Boa. Vamos ter um verdadeiro banquete.
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Mãe?
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Isto é o que sobrou. Fica com ele.
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Excepto este.
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De agora em diante,
sou eu quem paga o teu tabaco.
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Ninguém o vai pagar.
Estou a deixar de fumar.
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Pai, é só um cachimbo por dia.
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Quando o pão parece um banquete,
eu não tenho direito a tabaco.
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Vá lá, avô.
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Por favor aceita.
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Depois da distribuição,
parei à frente da Wonka.
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Estava lá um homem estranho.
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Acho que era um latoeiro.
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Estava parado atrás de mim
a olhar para a fábrica.
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Antes de se ir embora, disse:
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"Nunca ninguém entra,
e nunca ninguém sai."
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E ele tinha razão!
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É assim desde o trágico dia
que o Willy Wonka a fechou.
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Porque a fechou?
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Porque os outros doceiros
mandavam espiões...
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disfarçados de trabalhadores
a roubar as suas receitas secretas.
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Especialmente o Lesmoso. Esse era o pior!
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Por fim, o Sr. Wonka gritou,
"Vão-me arruinar!"
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"Fechem a fábrica!" E assim o fez.
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Fechou os portões
e desapareceu completamente.
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E de improviso, cerca de três anos depois...
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uma coisa surpreendente aconteceu.
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A fábrica recomeçou a funcionar,
a todo o vapor!
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E a fazer doces melhores que nunca.
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Mas os portões continuaram fechados.
Para que ninguém...
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nem mesmo o Lesmoso, os possa roubar.
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Mas alguém deve estar a ajudar
o Sr. Wonka a trabalhar na fábrica.
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Devem estar milhares de pessoas.
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Mas quem?
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Quem são?
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Esse é o maior mistério.
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- Charlie Bucket?
- Sim, Sr. Acepona?
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Preciso de um assistente. Ajuda-me.