:05:15
Bernardo, ouve.
O Paolo quer falar contigo.
:05:19
Tens de dar as chaves da cidade
ao lmperador Otto.
:05:22
É uma grande honra.
:05:24
És o único que pode fazer as pazes
entre o Governador e o Bispo.
:05:30
Estás a ouvir-me?
Bernardo, tens de voltar!
:05:34
- É ao lmperador em pessoa.
- Não.
:05:38
Não há nada que queira dizer a
um lmperador que chacina inocentes.
:05:44
Não, há muita coisa que se pode
dizer a um lmperador.
:05:47
Vês, até o Francisco
concorda contigo.
:05:50
- Que deveria dizer a um lmperador?
- Bem... que poderias dizer?
:05:59
Bem, podias dizer-lhe para atirar
o ceptro para a lama.
:06:05
Ou para lançar as jóias ao rio.
:06:09
Depois, ele veria o brilho
de novas cores entre os seixos.
:06:14
E tu podias dizer: "Otto de Brunswick,
deixa as aves fazerem ninho na coroa,"
:06:19
"deixa os ventos celestes soprarem
pelos teus palácios."
:06:22
"De que serve a tua vida se as tuas
riquezas não te trazem paz de espírito,"
:06:27
"e se todo o teu povo morre de fome?"
:06:32
- Era isso que devia ser dito.
- Não lhe dês ouvidos!
:06:36
Se vais dizer tais coisas, é melhor
ficares aqui!
:06:39
- Serão ambos queimados vivos!
- Pára de resmungar.
:06:43
Considera que o Francisco e o Bernardo
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seguem melhor a palavra
de Deus do que tu e o advogado.
:06:51
Foste o que riste mais e por mais tempo
das cabriolas do Francisco!
:06:58
É verdade, mas rio-me sempre
do que não compreendo.