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O seu país tem sido notícia ultimamente,
pelo menos entre nós.
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Li que Miranda detém
o record mundial
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de número de homicídios
per capita. É verdade?
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Não, Coronel, está enganado.
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De modo algum. Parece que as pessoas se
matam por qualquer coisa, gratuitamente.
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Pelo menos 30 mortos por dia.
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Não, Coronel. Julgo que
me está a tentar ofender.
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Eu? De modo algum. Eu sei
do que estou a falar.
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Li recentemente num
inquérito muito sério.
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Vai permitir-me que
ponha em dúvida as suas palavras.
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Não, eu repito, eu
do que estou a falar.
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Se não fosse seu convidado
pedir-lhe-ia satisfações.
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Ignorava que esse costume cavalheiresco
existisse no vosso semi-selvagem país.
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Caro senhor. Acabou de insultar
a República de Miranda.
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Estou-me a lixar para a
República de Miranda.
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E eu estou-me a cagar para o seu
exército, na sua totalidade.
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Mas o que é que se passou?
Não percebi nada.
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Acalme-se, Coronel peço-lhe!
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O embaixador é um homem
encantador, não compreendo.
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É um burgesso e foi
tratado como tal.
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É impossível, é um
mal-entendido.
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Acalme-se, Coronel.
Conte-nos o que se passou.
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Nada de trágico.
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Com licença.
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Coronel!
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O que é que se passa?
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Sonhei que eu...