Annie Hall
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Não se vai expandir ainda
durante biliões de anos, Alvy.

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E temos de tentar divertir-nos
enquanto cá estamos, hein?

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O meu psicanalista diz que eu
exagero as recordações de infância.

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Mas a minha casa era mesmo
debaixo da montanha russa

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na área da Feira Popular em Brooklyn.
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Talvez isso explique o facto de ter
uma personalidade um tanto nervosa.

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A minha imaginação é hiperactiva.
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O meu espírito é disperso.
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Tenho dificuldade em distinguir
a fantasia da realidade.

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O meu pai explorava
os carrinhos de choques.

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Lá está ele.
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E aquele sou eu.
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Dava largas à minha agressividade
através dos carrinhos.

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Lembro-me dos professores da escola.
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Costumávamos dizer:
"Quem não sabe, ensina,

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e quem não sabe ensinar,
ensina ginástica. "

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E quem não sabia nada de nada
era mandado para a nossa escola.

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Sempre achei os meus colegas
uns idiotas.

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Melvyn Greenglass. O Cara de Bolacha.
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E a Henrietta Farrell.
A Menina Perfeita.

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E o lvan Ackerman.
Sempre a resposta errada. Sempre.

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Sete e três nove.
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Já então sabia que eram uns nabos.
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Em 1942 já eu descobrira as mulheres.
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Deu-me um beijo! Deu-me um beijo!
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É a segunda vez este mês.
Vem cá!

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- O que é que eu fiz?
- Vem aqui já!

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Devias ter vergonha na cara.
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Porquê? Só exprimi
uma curiosidade sexual saudável.

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Os meninos de seis anos
não pensam em raparigas.

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Eu pensava.
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Por amor de Deus, Alvy!
Até o Freud fala num periodo de latência.

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Nunca tive um periodo de latência.
Não tenho culpa.

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Porque não és como o Donald?
Aquilo é que é um menino!

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Diz lá o que é que fazes agora.
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Dirijo uma próspera fábrica de vestidos.

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